quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Heróis de Elgalor: Aurora de Pietrus

Aurora de Pietrus (Clériga, nível 06)

Raça: Aasimar

Tendência: Neutro Bom

Aurora cresceu no monastério de Elcina, um templo de dimensões modestas localizado na encosta de uma montanha. Os locais acreditam que Elcina é um local abençoado por Pelor; conta-se que, mesmo quando chove no vilarejo, o sol sempre brilha por lá, vencendo as nuvens e o cinza.

Aurora foi trazida ainda muito nova para o local, com cerca de dois anos de idade. Não se sabe quem são/foram seus pais, mas ela foi salva do sacrifício por um grupo de cavaleiros que interrompeu um culto de demonologistas. Acreditando que ela precisava de proteção, um dos cavaleiros a levou até Elcina para uma benção e para que o velho sacerdote chefe de lá, Pietrus, tentasse encontrar pais adotivos para a criança; porém, a afinidade dela com o clérigo foi imediata, e ele a batizou Aurora. A pequena foi deixada sob os cuidados dos clérigos, clérigas e noviços do templo, mas era atrás de Pietrus que Aurora andava o dia todo. Com o passar dos meses, todos começaram a chamá-la de Aurora “de Pietrus”, e assim a garota ficou conhecida.

Aurora era constantemente assombrada por pesadelos que terminavam com um anjo de asas douradas e cabelos avermelhados dizendo a ela que não temesse, o sol e a luz estavam chegando. Ao despertar, Aurora enxergava os primeiros raios de sol entrando pela janela. Pietrus ouvia seus relatos chorosos com paciência e compreensão, e ensinava a ela os preceitos de Pelor, ao mesmo tempo em que a instruía no cultivo de ervas, frutas e plantas medicinais. Com o tempo, Pietrus percebeu que tudo o que explicava, Aurora parecia compreender rapidamente, e sentiu que havia uma conexão intensa da menina com a luz do sol – ela adorava ficar fora do templo, no pátio, comtemplando as coisas que o astro iluminava, e parecia se sentir um pouco reclusa e retraída à noite. Com sete anos, Aurora manifestou, pela primeira vez, um poder de cura, quando tomou nas mãos um passarinho ferido na asa e fê-lo voar em segundos. Isso não se repetiu tão cedo, mas Pietrus percebeu que tinha, em Aurora, uma jovem com uma conexão forte com Pelor, que independia do estudo e dedicação que os clérigos costumavam empreender.

De fato, Aurora tinha alguma dificuldade com a vida mais regrada de uma noviça; não é que não quisesse estudar ou se dedicar, mas o sol a chamava lá fora, e era debaixo dele que procurava por Pelor; uma vez, aos doze anos, a menina passou horas vagando no verão, e foi encontrada longe do Templo, desorientada e com insolação. Pietrus, preocupado, mas sempre benevolente, tratou de sua protegida e lhe deu uma lição que nunca foi esquecida: qualquer obsessão, mesmo que pela luz de Pelor, pode nos fazer mal. O sol não deve ser encarado diretamente; devemos olhar para o que ele ilumina, nos preocupando com o mundo real em que vivemos. 

Aurora aprendeu muito em Elcina e descobriu-se bastante devota, mas nunca conseguiu se considerar clériga por não ter se dedicado ao ofício como seus irmãos e irmãs; ainda assim, Pietrus a chamava de noviça e a tratava com tal. Aos dezesseis anos, Aurora parou de ter pesadelos. Porém, eles retornaram da pior forma possível: quando tinha vinte anos, Aurora teve um pesadelo muito vívido com um demônio avermelhado. O mesmo anjo de antes apareceu para ela e disse que a luz do sol estava vindo, que o escuro se dissolveria e que tudo ficaria bem. Naquela manhã, seu amado mestre Pietrus foi encontrado morto em seu quarto. Como ele tinha uma idade avançada, todos consideraram que ele partiu naturalmente, mas, em seu coração, Aurora sabia que algo havia acontecido.

Em busca de respostas sobre a morte de seu mentor, Aurora partiu de Elcina, prometendo que honraria tudo o que Pietrus havia lhe ensinado – inclusive, e principalmente, o sábio conselho sobre olhar para o mundo que Pelor ilumina, sem se deixar cegar pela obsessão (ou pela dor da perda). 

Aurora é uma jovem de baixa estatura, magra, de cabelos castanho-dourados e olhos cor de mel escuro. No início da aventura, estará usando um manto e um véu pretos, em sinal de luto. Carrega o medalhão de Pelor de seu antigo mestre por debaixo das vestes."  

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