quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Heróis de Elgalor: Siegfried, o Cavaleiro Eterno

Siegfried, o Cavaleiro Eterno (Guerreiro, nível 17)

Raça: Humano

Tendência: Leal e Neutro

Siegfried construiu reputação no Santo Reino de Loregard como um mercenário honrado e bastante eficiente. Sua companhia, chamada Escudos Cinzentos, era famosa no reino, e com frequência atuava como um grupo paramilitar a serviço dos Patriarcas na captura e eliminação de cultos de bruxos e necromantes. Sua boa reputação vinha principalmente do fato dele sempre cumprir seus contratos e de jamais aceitar um trabalho que considerasse desonroso.

Após um extremamente raro alinhamento estelar, o mundo de Elgalor se conectou por meros instantes com Reinos Esquecidos de um plano distante. Contudo, esse momento, que durou uma fração de segundo, foi o bastante para que uma divindade maligna chamada Cyric enviasse a Elgalor um de seus avatares. O plano de Cyric era conseguir um misterioso artefato em posse dos Elfos de Prata, e também consolidar um culto de poder em Elgalor. Sendo bem-sucedido nas duas contendas, ele pretendia reunir poder o bastante para reclamar o posto de deus da Morte novamente em seu mundo, e também destruir Nerull, o deus da Morte de Elgalor, se tornando assim a divindade suprema da morte. No entanto, percebendo que Cryic enviara seu avatar a Elgalor, o deus Kelemvor, que detinha o domínio da Morte no mundo onde ele e Cyric eram divindades, enviou seu avatar para conter os danos que seu inimigo poderia causar.

Durante uma missão de rotina, Siegfried e sua companhia escoltaram dois Purificadores (monges sagrados de Loregard) em uma ruína recém descoberta, da qual jorravam poderosas energias necromânticas. Após lutarem com uma horda de mortos-vivos, Siegfried, seus guerreiros  os dois monges se depararam com o avatar de Cyric e uma dezena de cultistas. O poder do avatar evidentemente era muito mais do que os heróis poderiam enfrentar, e mesmo lutando bravamente, em poucos minutos praticamente todos estavam mortos. Pouco antes do avatar de Cyric desferir o golpe final em Siegfried, o guerreiro foi salvo pelo avatar de Kelemvor, que surgiu no local. A presença dos dois avatares divinos, no entanto, atraiu a atenção e fúria de Nerull. O deus da Morte imediatamente materializou no local seus Nove Espectros, e uma nova batalha ocorreu. Percebendo que desta vez havia uma chance real de ser destruído, o avatar de Cyric fugiu, deixando seus seguidores para trás. O avatar de Kelemvor, percebendo a situação, também se retirou, mas levou Siegfried, o único sobrevivente, consigo.

O avatar de Kelemvor explicou a gravidade da situação à Siegfried, e o enviou para uma missão em Sírhion, o reino dos Elfos de Prata, para proteger um artefato chamado Tomo das Revelações, para que o mesmo não caísse nas mãos do avatar de Cyric. O avatar de Kelemvor explicou ainda que precisaria ficar em constante movimento, porque sabia que estava sendo rastreado pelos Espectros de Nerull. Sem muita escolha e com o forte desejo de vingar a morte de seus companheiros, Siegfired partiu, e se uniu a um outro grupo de aventureiros, composto pela barda Astreya, o monge Oyama, o mago Aramil, a bárbara Bulma e o clérigo Hargor. Após conseguirem um barco, partiram para a ilha de Sírhion.

Ao chegar em Sírhion, Siegfried e os aventureiros alertaram o Bremen Bhael, Rei Sacerdote dos Elfos de Prata. O sábio rei preparou um selamento poderoso que impediria que o Tomo fosse aberto e pediu que o grupo, junto de Coran Bhael, o príncipe e comandante do exército de Sírhion, fossem até o Templo de Prata para garantir a segurança do Tomo das Revelações e selá-lo permanentemente. Siegfried e o grupo foram bem sucedidos, mas quando retornaram, viram a capital do reino em chamas, cercada por demônios. Todos lutaram como verdadeiras lendas, e a muito custo, conseguiram repelir a invasão junto da guarda de honra do rei e os soldados remanescentes. Infelizmente, descobriram que o avatar de Cyric havia se infiltrado no barco, disfarçado como um marinheiro, e matado o Bremen Bhael, o rei élfico, tentando encontrar o artefato, já que não sabia sobre a missão conferida aos aventureiros e presumia que o artefato estivesse em posse do rei. Segundo relatos, pouco após o confronto, nove espectros aterrorizantes apareceram e mataram todos em seu caminho na tentativa de aniquilar o avatar de Cyric, que, novamente, conseguira fugir.

Após o rito fúnebre do rei Bremen e a triste coroação do novo rei de Sirhion, Siegfried e seus companheiros receberam uma mensagem do avatar de Kelemvor, que revelou uma pista sobre o paradeiro de um artefato capaz de banir definitivamente o avatar de Cyric. O rei Coran Bhael providenciou os meios para que o grupo conseguisse chegar rapidamente a seu destino, se desculpando por não poder acompanhá-los devido a suas novas e pesadas responsabilidades.

Quando o grupo chegou a seu destino, encontraram uma cabala de cultistas de Cyric, e logo iniciaram combate. Infelizmente, pouco depois disso foram surpreendidos pelo líder dos Espectros de Nerull, o ser chamado “Servo da Morte”, que foi trazido até o local rastreando o poder de Cyric que os cultistas do deus manipulavam. Utilizando um poderoso Círculo da Morte, o espectro matou todos no recinto. Neste momento, o avatar de Kelemvor fez sua última aparição, e Sigfried, firmou seu último contrato.

O avatar de Kelemvor “segurou” a alma de Siegfried e explicou que apesar da morte ser algo natural, a situação que gerou a passagem de Sigfried, seus antigos companheiros e os atuais eram circunstâncias aberrantes, e por isso, seria possível reverter a situação uma única vez, e assim ele o faria. Com o que restasse do seu poder, ele destruiria o Servo da Morte, abrindo caminho para os aventureiros conseguirem o artefato. Contudo, o avatar de Kelemvor alertou que mesmo que os aventureiros conseguissem banir o avatar de Cyric, ele já havia criado uma cabala de seguidores que iria fortalecê-lo cada vez mais com o passar dos anos. Além disso, os Espectros e outros servos de Nerull continuariam matando todos que encontrassem na tentativa de eliminar quaisquer criaturas que usassem o poder conferido pelo avatar de Cyric. Dito isso, o avatar de Kelemvor deu a Siegfried uma escolha: Voltar com seus companheiros atuais, tentar cumprir a missão ao lado deles e seguir com sua vida normalmente ou receber uma nova vida e novos poderes, condicionados à missão de caçar e exterminar todos os seguidores de Cyric em Elgalor, de modo a evitar tanto o mal que eles causariam quanto os ataques mortais dos servos de Nerull que invariavelmente acabariam matando inocentes. A partir do momento em que não houvesse mais nenhum bruxo em Elgalor utilizando os poderes conferidos por Cyric, Siegfried receberia a paz do descanso eterno.

Siegfried, sem hesitar, escolheu a segunda opção. Com um gesto, o avatar de Kelemvor ressuscitou os heróis que caíram perante o Servo da Morte, e assumindo a forma de Siegfried, cravou sua espada na criatura, de modo que ambos desapareceram em um lampejo de luz. Nesse gesto, o avatar de Kelemvor fora destruído. Os heróis, por sua vez, entenderam aquilo como o último sacrifício de Siegfried, e em honra ao nobre guerreiro, conseguiram encontrar o artefato e juraram banir o avatar de Cyric.

Com a ajuda de Coran Bhael e seus paladinos, o grupo de aventureiros encontrou e de fato baniu o avatar de Cyric, colocando um fim à crise. Sete dias depois, Siegfried retornou ao plano material, mas daquele momento em diante, passou a vagar sempre com o elmo fechado, e quando perguntavam seu nome, ele apenas respondia que era o "Cavaleiro da Ordem Eterna". Com o passar dos anos, ele caçou e destruiu diversos bruxos e cultistas de Cyric, conhecidos como a "Cabala Sombria", e sempre que pôde, anonimamente emprestou sua espada à causa da justiça. O fato de seus feitos jamais serem reconhecidos, ou a constatação de que ele nunca teria um "final feliz" não o perturbavam. Ele sempre fora um homem que viveu em função do dever, e saber que ele estava cumprindo sua missão e que muitos viveriam e cresceriam livres da escuridão graças ao seu trabalho era toda a gratificação que poderia desejar.

15 comentários:

  1. Os deuses da morte como Cyric, Kelemvor, e Nerull são tolos! O verdadeiro prazer está em atormentar os vivos, pois eles são aqueles que podem sofrer de múltiplas formas, cada uma tão deliciosa quanto a outra. Mas mais tolo foi esse guerreiro, simplesmente por ter aceitado uma missão inútil, mas pelo menos a imortalidade desse ser desprezível significa uma existência de sofrimento eterno para eu me banquetear, assim como todas as dores e angustiais dos mortais, HAHAHAHAHAHAHA

    Saiba que meus cultistas conseguiram se superar mais uma vez em sua depredação contra o legado de Gygax e Arnerson. Eles fizeram algo tão desprezível que até mesmo eu estou relutante de colocar aqui nesse reino para não atrair os malditos kobolds. O horror é tão grande, mas TÃO grande que eu acredito que você irá pegar todos os diamantes de Darakar para tentar ressuscitar o Vardalon para usar o maldito algoz como uma arma para poder se vingar de meus servos mais devotos e degenerados, HAHAHAHAHAHAHA

    (Eu achei legal a história, mas devo dizer que pelo está escrito, me parece que o Nerull estava certo o tempo todo e que os heróis estavam atrapalhando ele e ajudando o Cyric de forma indireta, hahahahaha O grupo em nenhum momento tentou conversar com os espectros falando que também estão caçando o Cyric?

    Eu percebi uma coisa, os deuses em Elgalor não são “oniscientes” em seus domínios? Porque se fosse em Greyhawk, o Cyric e Kelemvor não conseguiriam se esconder do Nerull e dos outros deuses da morte locais caso avatares deles entrassem em Oerth (na verdade eles nem conseguiriam enviar avatares porque a Beory não iria permitir, mas eles conseguiriam enviar os “aspectos” deles). Mas eu acho que Nerull não iria atrás deles se fosse aqui, mas o Vecna sim, porque o culto do Cyric poderia fazer “concorrência” com o do Lich e atrapalhar os planos do “Sussurrante”.

    Falando em Beory, Elgalor não tem um “Deus Supremo/Ancestral” que criou e controla a “esfera” onde está o sistema solar do mundo, igual ao Ao em Forgotten Realms e Beory em Greyhawk? Porque são essas entidades que impedem, ou permitem (como no caso da Beory que libera o São Cuthbert intervir quando Iuz tá interferindo demais no equilibro), que os deuses enviem seus avatares (mas não os aspectos) para o plano material e impõe um equilíbrio forçado sobre as divindades. Mas tem formas de burlar isso, como os deuses usarem os mortais como “encarnados” (praticamente alguém vira um avatar por tempo limitado, mas pra isso o personagem tem que ter sangue da divindade, relíquias dela e normalmente um sacrifício de milhares de vidas), como foi o caso do Gruumsh quando foi derrotado pelo Vardalon, ou em algum ritual que convoca um aspecto para o plano material e ele começa a ficar mais forte ao ponto de virar um avatar, como a Kali-Ma fez (se bem que essa se tornou um deus maior) e a Tiamat tentou (duas vezes) e falhou.

    Uma coisa interessante que rola no cenário aqui é que os deuses em geral, independente do cenário, são mais fracos em relação ao livro dos deuses. Eles não possuem aqueles 20d8 de pontos de vida extra e eles não recebem 20 automático nos testes, precisando sempre rolar todos os dados (salvo as rolagens de pontos de vida, ai eles recebem o máximo automaticamente). Mas os deuses em geral tem mais níveis, sendo que os semideuses tem 35º níveis, deuses menores tem 40º níveis, deuses intermediários tem 45º níveis e os deuses maiores tem 50º níveis. Isso foi feito para dar um ar mais “grego” aos deuses para eles não serem tão absolutos (os deuses ancestrais/supremos, os “primordiais” e os deuses “exteriores” é que são absolutos, principalmente esses últimos). Isso significa que, de certa forma, o Artanis não está muito errado, hahahaha)

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    1. (Quase estava esquecendo, ontem eu estava falando sobre os blogs aqui com o Thiago e o Rodrigo, e eles deram uma ideia bem legal. O blog de “denúncias” poderia se estender para todas as obras de fantasia, e não só D&D, e deveria ter uma sessão chamada de “O Grande Livro dos Rancores”, onde seria feita as denúncias e para que nós jamais nos esqueçamos das ofensas feitas ao D&D, as obras de fantasia em geral e aos verdadeiros fãs desses legados.)

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    2. Você e os seus pagarão por toda dor que tanto gostam de infligir, pérfido demônio. Não há perdão ou escapatória para corruptores de almas como você e seus bruxos da costa. A justiça virá e a verdade prevalecerá, esteja certo disso.

      (Hesitei bastante antes de publicar essa história porque aconteceu muita coisa antes dela e que não expliquei para não deixá-la longa demais. Meu intuito é na verdade deixar a história de Siegfried como uma espécie de gancho para outras histórias maiores. Fora de certa forma, essa campanha foi a primeira parte da história que apareceu nas Crônicas de Elgalor, que pretendo lapidar e publicar novamente.

      O alinhamento estelar que possibilitou a entrada dos avateres de Cyric e Kelemvor foi um plano orquestrado por anos por Artanis, que pretendia com isso enfraquecer os deuses para então, destruí-los.Ele foi impedido na campanha anterior, mas as sequelas de seus atos foram sentidas. O primeiro efeito foi que os avatares de Forgotten Realms conseguiram entrar em Elgalor. O segundo efeito, mais perigoso, foi que durante alguns dias os deuses perderam sua onisciência. Por isso, Nerull não percebeu a entrada dos dois avatares de início. Quando notou, decidiu extirpar o mal da forma mais rápida e implacável possível. Por isso, enviou os Nove Espectros. O grupo tentou "explicar a situação" uma vez, mas foi totalmente em vão. Os Espectros ouvem apenas a vontade de Nerull, e odeiam mortalmente tudo o que é vivo. É uma característica deles, e a ordem dada foi matar tudo e todos que carregarem o “cheiro” dos invasores. Nessa ocasião, Vecna não se manifestou porque, dado o desfecho de uma “sidequest” da campanha anterior, seu castelo foi destruído e ele precisou se ocultar para evitar um outro inimigo. Mas sim, ele teria muito mais motivos para se preocupar com Cyric do que Nerull aqui também. O grande problema é que apesar de ter sido afastado de Elgalor, Cyric conseguiu formar uma cabala de bruxo muito vasta durante as semanas em que esteve no mundo, e por meio dessa cabala, está tentando “voltar” como um patrono de bruxo. A Cabala Sombria de Cyric é caçada por Siegfried e pelas forças dos Patriarcas de Loregard, mas quando um agente de Nerull sente a presença de um membro da Cabala Sombria em uma cidade, ele destrói a cidade inteira para garantir que seu alvo não escape. Por isso, o trabalho de Sigfried em eliminar completamente o culto é tão importante e urgente.

      Em relação à “divindade suprema”, eu tentei por três vezes escrever uma história, mas em nenhuma delas, fiquei satisfeito. Anos atrás, comecei a escrever alguns textos que chamei de “Elgalor 1ª Era”, mas como não fiquei satisfeito, parei o projeto. Há um Criador em Elgalor, muito semelhante a Ahura Mazda do Zoroastrismo, mas ainda preciso pensar em como essa figura se encaixaria da forma que eu gostaria no cenário e como o Mal penetrou a Criação. Quando fechar a ideia, compartilharei aqui.

      Falando em divindades, interessante a forma como vocês as abordam em seu cenário. Há mesmo uma grande diferença em deuses como seres absolutos (o que compreende um alto grau não apenas de poder, mas de experiência e sabedoria) e em divindades retratadas como mortais absurdamente poderosos, com virtudes e defeitos. Este “segundo grupo” é aquele que Artanis almeja destruir primeiro, porque é o que mais interfere na vida dos mortais.
      Eu estou me mantendo afastado da WotC porque o pouco que tenho visto tem me aborrecido consideravelmente. Mas fiquei curioso com sua nova descoberta. Se desejar, pode colocar em um comentário no outro blog. Como ele tem uma média de apenas 4-8 visitantes por dia, a informação estará bem segura dos kobolds e skaven).

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    3. Sobre as denúncias, se o outro blog cair, certamente criarei o "Grande Livro dos Rancores". É uma excelente ideia, especialmente abordando abominações como as feitas contra Tolkien, Jordan e, em pouco tempo, Lewis também. Me arrependo de não ter pensado nisso antes...

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    4. Isso criou a “Grande Roda” cosmológica (de D&D), e no centro dessa Roda, foi colocado o grande “Anel”, que permite que quem a controle possa impor um equilíbrio no multi-verso, ou até mesmo recriar os planos a sua vontade. Aí veio a filha de Shub-Niggurath, cujo nome verdadeiro foi perdido e é conhecida como a “Dama da Dor”, cuja missão é manter a existência em um equilíbrio perfeito entre o caos, a ordem, o bem e o mal. E ela é a “primordial” da Neutralidade.

      Yog-Sothoth também criou um ser por si só, mas esse era disforme, sem consciência ou identidade, era apenas um poder de “puro caos”, e esse poder ficou conhecido como “magia” e foi usado para separar os planos de existência uns dos outros. Os deuses supremos começaram a usar esse “poder” para criar as “esferas” (os sistemas solares dos mundos que aparece em Spelljammer clássico), e criar deuses (maiores, intermediários e menores) que iriam também usar esse “poder” para dar à luz as criaturas mortais e conceitos básicos como natureza, morte, vida e etc. Mas isso teve um efeito estranho sobre o ser disforme, já que ele absorveu conhecimentos daqueles que usavam seu poder, e isso fez com que a “entidade desse a luz a um ser que é a manifestação de toda magia da existência, e esse ser é conhecido por inúmeros nomes como “Serpente”, “Corvo Cinza”, “Nyarlathotep”, mas ele é mais conhecido pelo nome de “Tzeentch”. E esse foi o primeiro “primordial” do caos.

      Quase junto a Tzeentch outros seres surgiram da “entidade” que se desfez. A mistura da vida e da morte criados mortais feitos pelos deuses usando o “poder” absorvidos pela entidade fez com que desse à luz a “Nurgle” segundo “primordial” do caos que incorpora a “vida, decadência, morte e renascimento”. O terceiro ser surgiu da “entidade” que absorveu o sentimento de todos os conflitos dos seres vivos, e disso nasceu “Khorne”, o “primordial” do caos que incorpora o “conflito, raiva, coragem e bravura”. E o quarto e último primordial é conhecido como Slaanesh e é composto por ser a mistura de todas “sensações e sentimentos”, como prazer, amor, ódio, dor, angustia, saciedade. Essas entidades se ajudam e lutam entre elas, e nisso se criou vários planos, como o Abismo, Arbória, Ysgard, Pandemônio, as Terras Selvagens e principalmente o Limbo, onde eles residem (Na nossa mesa se dá a entender que todos os planos caóticos estão ligados ao Limbo ou vieram dele, desde o Abismo até Arbória). E essas entidades não são nem malignas e nem bondosas, sendo puramente caóticas mesmo.

      Pouco depois da criação das esferas pelos deuses supremos, houve uma guerra entre eles e outros seres pelo domínio total da existência. De um lado estavam as entidades criadoras como de Beory, Ao e Eru Ilúvatar, enquanto do outro estavam entidades destrutivas como Cthulhu, Hastur e Tharizdun. O campo de batalha eram as próprias “esferas” (os mundos), mas os criadores não poderiam lutar pois muito de seu poder foi usado para criar as esferas, então os “deuses” criados por eles lutaram. No caso de Oerth (Oarth na nossa mesa por ser um mundo alternativo do oficial), Foi Tharizdun que invadiu a esfera de Beory, e muitos deuses se uniram para enfrentar esse horror, mas quatro deuses se destacaram nesse conflito, “Obad-Hai”, “Pelor”, “Nerull” e “Boccob” (originalmente era o Kord, mas a comunidade trocou pelo Boccob pelo fato que o Kord não é um deus flan e sim uma divindade suel, além disso ele é um deus jovem, não teria como ele estar na alvorada do tempo, além disso ele é um deus de uma geração posterior). Esses deuses maiores sacrificaram parte de seu poder para expulsar Tharizdun da esfera e Beory o prendeu para além da existência, em um “Reino Distante” (e essa é a origem do plano desse plano onde habitam os horrores lovecraftianos). Os criadores venceram o conflito e passaram a ser conhecidos como “deuses supremos”, enquanto os derrotados ficaram conhecidos como “deuses ancestrais”, que foram banidos para “Reinos Distantes” além da existência.

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    5. Tolo demônio, a Justiça e a Verdade Divina não pode ser comprada. Como todos os seus servos que deixaram o plano material podem penosamente comprovar de onde estão agora.

      (Eu sempre espero algo que "alto nível" vindo do seu grupo, mas fiquei impressionado. Vocês criaram uma cosmologia e as fundações da Grande Roda de um modo espetacular. Meus mais sinceros parabéns. E realmente, uma coisa muito boa do trabalho de vocês é que tudo isso faz honra e homenagem a autores clássicos da literatura fantástica, horror e mesmo D&D. E o fato disso tudo ter sido criado em conjunto torna tudo ainda mais memorável. Vocês realmente deveriam ser desenvolvedores de jogos e cenários).

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    6. Heresia e Blasfêmia Gronark! Só existe o Tri-Deus! Os inqueridores da Santa Igreja caçarão sua falsa crença!

      (Muito interessante a cosmologia de sua mesa. De fato, gostei muito da criação do seu universo por meio dos sonhos e também das suas homenagens aos autores de fantasia. Também é muito interessante como vocês foram inserindo os deuses e criando as hierarquias das divindades. Achei genial a parte de Yag-Rathoth e Yog-Sothoth. Vocês deram seu jeito de contornar as definições impostas pelo cenário oficial e achei bem bacana.

      Eu não utilizo grande parte da cosmologia de D&D do material oficial, como os deuses, a grande roda, a guerra do sangue, etc. Uso apenas os planos intermediários, como a agrestia das fadas, mas com nomes e conceitos levemente diferentes. Particularmente, não gosto de fazer definições no cenário, me dá mais liberdade de criar coisas novas e dá também um toque de mistério e de estranheza. Mesmo minhas definições sobre cenário, geralmente são do ponto de vista do Sonhonauta, da Santa Igreja ou da Academia de Magia, que eventualmente podem estar erradas.

      Apesar da principal divindade do meu cenário ser o Tri-Deus, eu também tenho minha hierarquia "divina":
      https://sonhonautarpg.blogspot.com/2018/12/cosmologia-os-eternos.html
      https://sonhonautarpg.blogspot.com/2019/01/cosmologia-os-ascendidos.html
      Como pode ver, nos meus "deuses" cabem qualquer coisa, isso pra manter um espírito de liberdade criativa.)

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    7. Fez um trabalho excelente com o Tri-Deus e sua cosmologia, Sonhonauta. Ficou muito interessante, meus parabéns!

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  2. Muito interessante a interação com os deuses e o desfecho do guerreiro. Seus pergaminhos servem de inspiração para novas aventuras.

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    1. Grato, nobre Sonhonauta! fico feliz que nossos escritos possam ser úteis em sua campanha.

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  3. Os Kobolds tentaram apagar a verdade aqui pelo fato de que a maioria dos mortais não é capaz de entender a verdade dos cosmos, mas todos irão contemplar os mistérios e irão perder a mente, HAHAHAHAHA

    (Eu tive que alterar o comentário e dividir)

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  4. Senhor do Sofrimento2 de outubro de 2023 às 13:27

    Então veio os deuses raciais, que criaram a vida consciente e as raças para se espalharem pelos mundos como estrelas, logo veio outros deuses menores para representar aspectos mortais, (artesanato, guerra, colheita e etc). Até mesmo alguns mortais conseguiram se tornar divindades, como “Sidarta Gautama” (Buda), que é conhecido por ter sido o primeiro mortal a alcançar a “divindade”, por viver e reencarnar e todos os mundos e por isso adquiriu a “sabedoria” para se tornar um deus maior igual ao Pelor e Nerull.


    Todo mundo no grupo ajudou a montar essa história para dar uma “gênese” ao (multiv)universo de D&D, combinando elementos do zoroastrismo, lovecraft e mitos antigos, sejam gregos, nórdicos, até elementos cristãos também em uma forma simples e que não se contradiga com as outras coisas. O bom disso é que os deuses supremos, por serem criação dos deuses exteriores e primordiais, eles, e suas criações, carregam em seu amago os conceitos de Bem, o Mal, a Ordem, o Caos e a Neutralidade, além disso, essas forças são palpáveis e reais em D&D com seus “Primordiais”.

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    1. Senhor do Sofrimento2 de outubro de 2023 às 13:27

      Uma coisa boa disso é que tem uma homenagem discreta aos maiores autores de fantasia como Tolkien, Howard, Moorcock, Lovecraft, e entre outros, ao dizer que tudo é um “sonho” e fruto de imaginação. Isso porque o Tolkien dizia que “os elfos em seus sonhos tinham mais espirito que o mundo decadente a sua volta”. Howard brincava também dizendo que a era “Hiboriana era uma era esplendorosa jamais sonhada”. Até o Lovecraft dizia que contemplava os “cosmos” em seus sonhos. Até o Greenwood já falou uma vez que o “Elminster é real em seus sonhos e em sua imaginação”. Isso é bom porque além de ser uma homenagem aos autores antigos, reforça a ideia de que nada é real, e que tudo são seres imaginários, coisa que a Wizards se esqueceu ao incentivar o “identitarismo no jogo”. Eu tenho certeza de que você e o Sonhonauta vão gostar e isso vai inspirar vocês ao criar novas histórias, hahahaha)

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