sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Elin Elenath e a filosofia dos altos elfos sobre magia arcana

Saudações, guerreiros da Luz

Muitas são as raças inteligentes que utilizam, de diversas formas, a magia arcana. Mas é seguro dizer que nenhuma tem um conhecimento tão íntimo e profundo das artes arcanas quanto os Altos Elfos ou Elfos Dourados. Compartilho aqui os nove pilares do Elin Elenath,  um extenso tratado ético-moral escrito eras atrás por Elenya Shaueril, falecida esposa do arquimago Thingol Shaueril, Alto Rei de Sindhar e monarca de todos os elfos. O Elin Elenath rege a formação dos magos élficos de Sindhar desde o início de seus estudos, e seus nove pilares tratam os seguintes tópicos:

1) A magia é uma força criadora, que permeia toda a existência. Chamamos de mago aquele que é capaz de canalizar esta energia de forma harmônica, e de tolo aquele que se diz capaz de controlar tal poder.

2) A magia é uma arte, não um animal selvagem a ser domesticado; é preciso senti-la ao redor a cada respiração dada, para depois começar a realmente entender seu significado. Isto, sem sombra de dúvida, é o trabalho de uma vida inteira.

3) Desde tempos imemoriais, aqueles que tentam curvar a magia a suas vontades mesquinhas são, cedo ou tarde, subjugados por ela e invariavelmente destruídos. A magia pode ser aprendida, mas nunca dominada à força.

4) Ao contrário do que muitos dizem, a magia não corrompe o coração de um homem; o que corrompe e destrói um homem é sua sede de poder e seus delírios de grandeza.

5) A relação de uma mago com sua magia é a mesma do druida com a natureza; não há mestre e servo nesta relação. Apenas partes de um mesmo todo.

6) Prolongar a própria vida de maneira antinatural por meio de magias necromânticas é um ato hediondo que merece ser severamente punido. A magia deve ser usada para servir a um bem maior, e nunca para suprir desejos mesquinhos.

7) Não despreze aqueles que desconfiam ou odeiam a magia que não vêm dos Deuses; estes são apenas tolos desinformados. Guarde seu rancor para os autoproclamados “mestres arcanos” que usam a magia de forma vil e irresponsável, aumentando este preconceito.

8) O aprendizado da magia é como uma estrada longa e árdua. O verdadeiro mago compreende isto, e não perde seu tempo procurando atalhos, que se mostrarão sempre ilusórios e inúteis antes do fim.

9) O verdadeiro mago busca conhecimento, e não poder. A aquisição do poder é uma consequência da busca pela essência da magia, nunca a causa da mesma.

Que os ventos da sabedoria e conhecimento iluminem seus caminhos.

12 comentários:

  1. A filosofia Elin Elenath é tão fraca quanto a sua criadora, a fraca elfa Elenya Shaueril, afinal... quem iria respeitar uma ideia criada por uma tola que se matou por não aguentar perder o “próprio” filho! Elenya era tão débil e seca que Thingol precisou buscar um pouco de “carinho” fora do casamento, e isso a tornou numa elfa rancorosa que “descontava” todas as frustrações na “bastardinha” do Alto-Rei. No fim, Elenya como maga por ter criado uma filosofia que restringe completamente a busca pelo poder! Ela falhou como mulher por não segurar o marido! Falhou como mãe por não conseguir educar os filhos direito! Falhou como rainha por descontar sua raiva em uma criança inocente! E o melhor de tudo, falhou como pessoa ao abandonar o próprio povo ao tirar a própria vida sem pensar em ninguém! HAHAHAHAHAHAHAHA

    O Alto-Rei, Thingol Shaueril, “respeitado” por todos os elfos, cujo único prazer em sua existência desprezível é se agarrar a uma coroa inútil. Como um rei, que deixou dois de seus filhos morrerem por culpa de se envolverem com humanos, irá defender a raça no final? Mas no final ele nem se importa, já que ele tentou vender a caçula, Melian, para o “quase-tão” tolo rei Coran, mas a garota é tão inútil quanto sua mãe, que vive numa “gaiolinha de ouro”. O melhor de tudo isso é que ele nem se importava com os sentimentos da própria filha e de Bheleg, se bem que o general de Sindhar é tão morto por dentro quanto o rei que ele tanto “admira”. Eu só não acho justo que Thingol seja “admirado” enquanto eu sou chamado de demônio, afinal, eu nunca fui casado para poder transformar a vida da minha esposa num inferno ao ponto de fazer ela se SUICIDAR!, HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

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    1. (Bem legal o código de ética dos magos de Sindhar, e também pelo fato de mostrar um pouco como a falecida esposa do rei dos Alto-Elfos. O engraçado é que na nossa mesa é que quase todos os magos de nível elevado começam a usar magia para estender a vida ou para achar formas de enganar a morte. O melhor exemplo era o meu Nubling, que consegue criar a “pedra filosofal” e faz um uso indiscriminado da magia “clone”. O legal é que ele virou um “npc” icônico que enfrenta cultos apocalípticos que tentam abrir portais para o “Reino Distante” (Far Realm) e impedir que seres “anti-diluvianos” (outros horrores lovecraftanos) despertem.

      Os magos élficos aqui na nossa mesa têm um pensamento bem similar com os seus. Mas uma coisa engraçada que acontece aqui é a desavença entre a visão dos anões “runistas” (magos) justamente sobre como lidar com a magia arcana. Os elfos acreditam que a magia é uma arte em si que não pode ser dominada ou controlada, mas os anões runistas acreditam que a magia pode ser controlada através da arte das runas. Que praticamente é o anão “prender” a magia numa runa através da sua arte e força de vontade para poder usar o encantamento quando quiser. O engraçado é que os magos élficos acusam os runistas de “escravizarem” a magia enquanto os runistas desconfiam de todos que “deixam a magia entrar na cabeça” como loucos desequilibrados que irão enlouquecer em algum momento, tanto que é uma ofensa para um anão runista ser chamado de “mago”. A ideia deles foi quando o Pedro quis fazer um mago anão, mas nos moldes dos Runesmith do Warhammer, tanto que o personagem dele, o Thurdev Pele de Aço era quase uma cópia do Thorek Ironbrow, e no fim ele virou mesmo, hahahahaha

      O pior é que eu lembro da brincadeira de antigamente sobre a Cereane Arco de Prata, esposa do Vardalon, ser uma filha bastarda do Thingol. Era bem legal, teve até uma vez que tu interpretou o Alto-Rei élfico respondendo o Gronark dizendo uma coisa desse tipo aqui: “Não me importo com o que acontece com esse Algoz maldito, mas saiba que você irá sentir o “verdadeiro sofrimento” caso o nome da minha falecida filha saia de sua boca IMUNDA!”. O legal disso é que de certa forma deu muito mais personalidade para o Thingol, ao mesmo tempo deu um certo ar de mistério pro personagem, não deixando ele só como o arquétipo do “rei severo”. Se tem uma coisa que eu queria era ver uma interação entre o Thingol e o Gronark, porque eu acredito que o demônio talvez seja a única criatura capaz de fazer o Thingol enlouquecer de raiva ao ponto de perder a compostura.

      Eu acho que muito desse drama deu um destaque pra Selwyna quando ela fez a participação especial. Eu lembro que minha esposa e eu ficamos surpresos quando tu fez uma enquete dos personagens que o pessoal mais gostava nas crônicas a bruxa ficou em terceiro lugar, sendo que a Astreya ficou com o segundo e o Aramil com o primeiro. Eram bons tempos!)

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    2. A teoria da magia é um assunto fascinante. Gosto bastante de explorar esse tema no meu cenário, um bom sistema mágico enriquece a história tanto como qualquer raça. Parabéns pela postagem senhor dos ventos.

      No meu cenário, existem 4 raças de elfos.
      Altos elfos: Fugiram do cataclismo que redefiniu meu mundo e se abrigaram nas ilhas celestiais. Esses basicamente utilizam magia de fontes celestiais (que pode ser arcana).

      Elfos pálidos: Antagonistas dos altos-elfos fugiram do cataclismo com os altos elfos, mas em algum momento, fraquejaram na jornada e se situaram em vários mundos. Eles invejam os altos elfos por conseguirem uma quase imortalidade e utilizam de super-ciência e necromancia pra prolongarem suas vidas. São inspirados em Elric de Melniboné.

      Velhos elfos: Os elfos que suportaram o cataclismo sem se corromperem para os poderes sombrios. Eles se dividem em incontáveis subraças ligados a aspectos da natureza. Sua magia vem dos espíritos feéricos.

      Elfos negros: Elfos que suportaram o cataclismo, mas se aliaram aos poderes sombrios para sobreviver, da mesma forma que os velhos elfos, eles se dividem em várias subraças. São análogos aos drows.

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    3. Maldita seja sua pérfida língua, Cria do Abismo! Como ousa caluniar uma família que tanto sofreu e perdeu? Elenya Shaueril não cometeu suicídio. O que houve com ela foi que ela não pôde suportar a sensação de ter causado a morte do seu próprio filho. Durante a Guerra das Sombras (contarei sobre isso em outra ocasião), Thingol havia feito uma aliança muito tênue com os humanos que imploraram pela ajuda dos elfos para derrotar Saeros, o Rei Lich. O rei élfico concordou em ajudar em situações muitos específicas, mas devido à insistência da rainha Elenya, que dizia que os altos elfos deveriam liderar a luta e estar ao lados dos humanos na guerra, e do príncipe e general Eldarion, que desejava lutar na linha de frente do confronto, depois de muitas discussões Thingol permitiu que seu filho comandasse um exército que lutaria ao lado dos humanos. Uma facção dos humanos, no entanto, traiu o exército élfico pelo poder prometido por Saeros, e essa traição custou a vida de Eldarion. Ao contrário do que ocorre com humanos ou anões, quando os elfos são tomados por uma tristeza e melancolia forte demais para suportar, eles morrem, deixando esse mundo. A morte da rainha Elenya Shaueril ocorreu horas depois da morte de Eldarion, e isso devastou Thingol. O rei élfico apenas não teve o mesmo fim por duas razões: Seu senso de responsabilidade para com seu povo e, principalmente, seu amor pela pequena Melian, que na época ainda era uma criança.

      Poucos são capazes de compreender a dor que acometeu essa família, por isso, guarde suas ofensas e mentiras para seus servos abissais!

      (Muito interessante a forma como trabalharam a diferença entre a magia arcana dos anões e elfos. Faz todo sentido. Particularmente, gosto muito de Thorek Ironbrow, e me baseei nele para criar o clérigo anão Hargor Mitralhammer e alguns "Rune Lords" de Darakar.

      Nossa, já faz quinze anos que fizemos a brincadeira do "crossover" dos personagens de Elgalor com os do seu cenário. Realmente, bons tempos. O mundo (dentro e fora do RPG) era muito mais simples). E sempre gostei muito de Selwyna, e ao mesmo tempo em que me surpreendi com o fato dela ter ficado em terceiro lugar na enquete, fiquei contente por outros também terem visto o valor da personagem. Sobre Thingol, ele é mesmo um personagem interessante, que pretendo explorar mais assim que o tempo permitir).

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    4. Salve, nobre Sonhador! Muito me honra suas palavras, fico feliz que tenha apreciado um pouco da cultura dos altos elfos de Elgalor. Gostei muito também da forma como os elfos em seu mundo de campanha se organizam, e notei que o Cataclismo foi um fator extremamente importante na definição dessas divisões e culturas. Este tipo de elemento e correlação entre história e cultura é algo que enriquece muito uma ambientação. Meus parabéns, e espero que quando lhe for possível, possa nos contar mais sobre essas facções élficas. Muito interessante o conceito dos Elfos Pálidos e suas semelhanças com a história de Elric de Melniboné.

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    5. (Gronark, agora vi que esqueci de mencionar, mas fico feliz em saber que Nubling teve um bom desfecho, e continua lutando pelas forças da luz. O sábio gnomo era outro personagem do qual sempre gostamos nos bons e velhos "tempos antigos"...)

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    6. Senhor do Sofrimento

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  2. Não é calunia e nem ofensa dizer que um morto está morto, Senhor dos Tolos. Ainda mais que o que você disse sobre a elfa defunta reforça a veracidade de minhas “abençoadas” palavras. Elenya escolheu o alivio da morte do que continuar vivendo para ajudar sua família, isso apenas prova que ela realmente era uma pessoa egoísta, e que amava mais seu filho Eldarion que a filha Melian. Eu acredito que isso se deva pelo fato de Melian lembrar o pior dela própria, uma mulher fraca, enclausurada, chorona e que só serve para ser uma moeda de troca nas mãos do seu pai. Uma verdadeira criatura miserável, HAHAHAHAHAHAHA

    A morte de Elenya, Eldarion e Cereane não afetaram em nada o Thingol, Senhor dos Ventos! Tudo isso porque ele não tem um coração! O Alto-Rei dos élfos é tão seco por dentro que a própria mulher dele escolheu morrer! Ele nem piscou quando soube da morte de Eldarion, isso apenas o deixou um pouco “decepcionado”. E no caso de sua bastarda ele deve ter rido um pouco e ter ficado “aliviado” com a situação. Sabe, se Thingol tivesse afogado a Cereane, enquanto ela ainda era uma infante, com suas próprias mãos na frente de Eleyna, talvez, e apenas talvez, a rainha voltasse a amar o rei. Afinal, ele provaria que seu “amor” para Elenya era verdadeiro, HAHAHAHAHAHAHAHAHA

    Eu compreendo exatamente a dor que acometeu a família Shaueril, afinal, eu sou o “Senhor do Sofrimento” e toda dor, angustia, aflição, tristeza e amargura existem apenas para o meu deleite! HAHAHAHAHAHAHAHAHA

    (Eu acredito que a Selwyna tenha ficado popular nos contos pelo fato dela ser uma personagem que “complementa” a Astreya e as duas conseguem se entender e viraram amigas. Sem falar que a bruxa é praticamente o arquétipo de “vilã redimida” com “donzela” e o Arlland é o “cavaleiro”, e as pessoas gostam desse tipo de personagem, sem falar no “mistério” dela em relação ao Thingol.

    O engraçado é que a Cereane tinha um irmão chamado Celendil (é bem parecido com o príncipe Eldarion), a diferença principal é que seria a Melian. O rei Anfaren Sa’Laviir (que seria o seu Thingol) era casado com a rainha Calathiel, que era uma maga de renome, mas o casamento dos dois era mais de aparências. Tanto que ele era muito próximo dos Aeriyn Alhanadel, era uma clériga de Corellon e irmã do Eronir e Eronar, que amava de verdade o rei, mas sempre respeitou ele, a rainha e o reino. Mas um dia ela não conseguiu resistir e “confortou” o rei quando esse perdeu a própria mãe no mar. O pior de tudo é que a Calathiel e a Aeriyn ficaram grávidas no mesmo período e deram à luz praticamente no mesmo dia, a diferença é que a Alhanadel morreu ao dar a luz para o Celendil e a Cereane, já a criança da rainha morreu no parto. O Anfarem, sabendo que a rainha iria enlouquecer ao saber que o filho havia morrido, deu o Celendil para ela dizendo que as parteiras tinham se “enganado”, daí a rainha virou outra pessoa e passou a amar o Anfaren e a criança com todo coração, mas isso não se estendeu para Cereane, e ela odiava a criança sempre a lembrando que ela era uma bastarda que não tinha direito ao nome Sa’Laviir. O rei Anfaren então entregou a Cereane ao Eronir, com lagrimas nos olhos, para que ele a criasse por temer que um dia o irmão da Calathiel, o Myrdivar, convencesse a rainha a fizer algo de ruim com a criança.

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    1. Com o tempo o Celendil também virou um grande guerreiro sob a tutela do Eronar e do Funibar Valendil , que era alto-almirante do reino de Celene, mas diferente da maioria do alto-elfos, ele era bem tolerante e foi completamente contra o plano do Myrdivar e da Calathiel de “expurgar” os não-elfos das ilhas Lendore. Tanto foi que quando o rei disse que haveria uma votação na corte para ver se o plano continuaria, o príncipe planejou dar um golpe de estado, sem derramar sangue, para tomar a coroa e evitar que a votação fosse a diante, já que ele sabia que o Myrdvar já havia alinhado boa parte da corte para ficar a favor do plano. Para isso ele juntou uma parte das forças rebeldes lideradas pelo Eronar e o Celendil e o Funibar iriam juntos com a frota dos elfos de prata de Celene (sem o conhecimento e permissão da rainha Yolande) iriam invadir Lendore para ajudar a fazer a transição de coroa de forma pacífica.

      O problema foi que o Myrdvar descobriu o plano, e o fato de que o Celendil não era sobrinho dele de verdade, e então vendeu a localização da frota para todos os piratas de Sartosa e também para os suelistas da Irmandade Escarlate. Essa força em conjunto destruiu quase todos os navios élficos e conseguiram matar o príncipe Celendil e o alto-almirante Funibar só saiu com vida porque os marinheiros dele o arrastaram para um outro barco para fugirem, mas antes ele teve certeza de que viu o Myrdvar sobrevoando o campo de batalha, já que foi o elfo que anulou a proteção mágica dos navios élficos, e até afundou os principais, para que Celene jamais conseguisse recuperar a força marítima que já teve.

      Na ilha, o Eronar foi preso pelo próprio rei Anfaren e pela rainha Calathiel por traição, e quando as notícias da morte do Celendil chegaram aos ouvidos dos monarcas, o rei desmaiou e a rainha, louca de aflição, se jogou no mar. Quando o Anfaren acordou e descobriu a morte da esposa, ele praticamente virou outra pessoa, extremamente severa e com um coração de gelo, que ordenou a execução do “expurgo” sem demora e baniu o Eronir e o Eronar de Lendore para sempre. E ele só perdoou a rainha Yolande pelo fato dela não saber dos planos do Funibar e por ela ter banido o almirante também.

      O Funibar também relatou a traição do Myrdvar para seu irmão, o general Triserron (pai do Carandir), para a Yolande e para Onselven (o famoso Melf) que era o primo da rainha. Mas a Yolande não deu a mínima pras acusações e ficou mais preocupada com o fato de que o rei Anfaren poderia querer fazer uma guerra contra Celene. Para evitar isso, ela removeu todas as honrarias e títulos do Funibar e o baniu do reino por alta-traição. E o Funibar foi para o alto-mar para morrer, mas esse não foi o fim dele. E tem um “mistério” entre ele, o Triserron, a Yolande e o príncipe Carandir...

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    2. Quanto aos runistas anões, aqui nós usamos a classe de prestigio “Runesmith” (modificada) do “Races of Stone” para simular os ferreiros rúnicos do Warhammer. As diferenças principais são que a classe tem 10 níveis, não pega a armadura pesada logo de cara, ganha a habilidade de criar runas aprimoradas da classe de prestigio “runecaster”, conseguem identificar itens mágicos, achar armadilhas mágicas que envolvam runas/siglas arcanas, e no último nível dela, eles não precisam mais falar para convocar o poder das runas que eles preparam para uso pessoal, apenas precisam tocar a runa.

      Os requisitos também são diferentes, eles precisam ter feats pra criar itens mágicos, inscrever runas e o feat “entalhador de runas”, que seria o equivalente do runesmith” do livro “Races of Faerun”. A diferença é que agora esse feat não dá o bônus pra ocultar a magia, mas sim dá proficiência em armadura leves e permite usar elas sem falha arcana. E também as runas pessoais (que são os componentes da magia em regra) sempre são consumidas quando conjuradas e precisa sempre fazer novas, gastando 1 PO x Nível da Magia para criar a runa pessoal (5 PP para magias de nível 0º), mas não precisa fazer o teste para inscrever elas.

      O interessante disso é que os anões runistas estranhamente estão entre os anões mais “aventureiros” no inicio de suas carreiras porque eles precisam aprimorar sua arte, buscar conhecimento mágico, explorar cidadelas anãs perdidas e buscar tutores anões em outras fortalezas. O próprio Thurdev foi quem “patrocinou” a exploração e retomada das ruinas de Kazad Zahn-Durak (Dente de Pedra da aventura “A Forja da Fúria”) para os anões. Tudo isso para aumentar a influência dos anões na área, recuperar os tesouros perdidos e os segredos da magia rúnica do Senhor de Runas (Runelord) Durgeddin, o Negro.

      O engraçado é que o Pedro interpretava o Thurdev fazendo com que o anão acusasse os magos humanos de roubarem as magias dos anões, como a magia “Disjunção de Mordenkainen”, que ele dizia que essa magia na verdade é chamada de “A Runa de Disjunção de Kragg Quebra-Runas”, e que esse conhecimento foi roubado primeiro pelo Zagyg e depois pelo Mordenkainen quando esse mago achou esse encantamento em uma exploração no castelo Greyhawk.

      Uma coisa importante sobre os runistas é que o deus patrono deles é o Dugmaren Manto-Brilhante (que é neutro e bom na nossa mesa e também é patrono dos inventores/thinkers), que é dito que foi ele que ensinou os anões a prender a magia arcana em runas de poder. Mas os runistas também louvam muito o Moradin e o Dumathoin. Quase todos os runistas são de tendencia leal (quase nenhum é caótico) e todos precisam ser membros da Guilda dos Runistas (algo parecido com a Ordem da Forja, mas sem os guerreiros). Qualquer anão que seja um bruxo ou um mago “normal”, é banido das fortalezas sob a pena de morte e caçados pelos runistas. Os feiticeiros são um caso especial dependendo da linhagem, mas quase sempre eles não são banidos, mas são “incentivados” a abandonar a fortaleza para aprender a controlar sua magia com os gnomos. Já teve até mesmo um anão slayer feiticeiro, o saudoso Vurgrim Cabelo de Fogo, um verdadeiro piromaníaco, hahahahaha)

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    4. A dor que você direta e indiretamente causou ao mortais nessa e em outras eras será infligida em dobro a você antes do fim, demônio. Não pense, um momento sequer, que suas atrocidades passarão impunes.

      Sempre fico fascinado em ver como existem semelhanças no "worldbuilding" entre mesas de jogadores veteranos. Penso que é aquilo que comentamos sobre a base e as referências que norteavam nossa geração de jogadores. Também penso que Selwyna e Arlland são personagens bem quistos e que se popularizaram no blog antigo porque representam de forma muito competente e carismática ótimos arquétipos clássicos. A históira de Funibar, Triserron, Yolande e Carandir é muito interessante, e para mim lembra bem o clima das histórias escritas por Toliken em relação aos Noldor durante a Primeira Era. Novamente, personagens que são representações competentes de arquétipos clássicos. O que você contou aqui, mesmo que focado apenas nesses personagens, já daria um romance excepcional. E digo o mesmo sobre as outras histórias que compartilhou, que possuem em sua essência a "alma" de Warhammer Fantasy.

      Se nós, jogadores e mestres antigos, conseguíssemos nos reunir e escrever, contar nossas histórias, cada um à sua forma, teríamos uma quantidade impressionante de bons livros. Coisa que a fantasia hoje carece desesperadamente.

      Sobre os runistas anões, confesso que comecei a "me abrir" para a ideia apenas pouco antes de ter parado de mestrar. Eu sempre fui contra anões magos por conta do legado do AD&D, e continuo defendendo a ideia da força dos anões vir de um foco quase obsessivo em aperfeiçoar poucas artes, e não na versatilidade. Mas depois de ler muito, especialmente sobre os Rune Lords de WH Fantasy, me convenci de que fazia sentido. Mas nisso, já estava quase encerrando minha mesa, e não pensei na questão em aspectos mecânicos (até porque os jogadores de minha mesa que mais se interessavam em personagens arcanos gostavam de fazê-los como humanos, elfos e gnomos). Assim que o tempo permitir, darei uma lida com calma nas classes que passou. Pelo o que disse, faz bastante sentido.

      Sobre a imagem, reflete com perfeição o que estamos vivendo. E já estou apagando seu comentário no qual a inseriu. Você verá que o que fica é bem diferente do que aparecia no outro blog (que irei até evitar mencionar o nome).

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