Boris Puddlefoot (Favored Soul, nível 08)
Uma vez por geração, Yondalla
abençoa um halfling. Quanto mais puro é seu coração, com mais força a benção é
conferida. Este halfling especial é conhecido pelos elfos como o “Filho da Luz”,
uma alma de grande pureza e humildade que, mesmo sem a intenção ou pretensão, leva
luz aos locais mais escuros, e inspira as pessoas a serem a melhor versão de si
mesmas. Nos tempos atuais, o halfling agraciado com essa benção é o pequeno
Boris Puddlefoot, um simples fazendeiro e cuidador de animais. Boris não tem
aptidão alguma para o combate, artes arcanas ou mesmo a finesse necessária para
se destacar no ofício de ladino. No entanto, os registros da biblioteca de
Bahamut contam que jamais houve um Filho da Luz tão poderoso quanto ele.
Como é comum quando se lida com
Filhos da Luz, Boris não decidiu se aventurar por conta própria. Por acaso
(para os que acreditam nisso) ou destino, ele estava cuidando de um pônei doente
em um pequeno vilarejo por onde um grupo de aventureiros estava passando. Eles
precisavam de um guia para chegar em um local específico na região, Boris
conhecia o caminho e se dispôs a ajuda-los. Deste dia em diante, o destino dele
esteve ligado ao dos aventureiros, e eles, pouco a pouco, desenvolveram grande
afeto pelo humilde fazendeiro.
Em situações de combate, como
alguns brincam, Boris além de nada ajudar, até atrapalhava, porque é um “camponês
a se proteger no meio da carnificina”. A situação é ainda mais grave porque em
momentos de perigo, Boris tenta se colocar na frente para que seus amigos não
sejam feridos (esse fato por si já gerou situações bastante cômicas). No
entanto, todos relevam esses problemas com muita satisfação, por gostar da
personalidade afável, humilde e sensata do halfling. Em momentos de descanso,
Boris sempre prepara as refeições do grupo, e em sua simplicidade, acaba
ajudando todos a resolverem seus mais internos conflitos. Uma coisa
interessante que seus companheiros percebem é que Boris é incapaz de sentir
medo. Sua mente é tão pura que ele acredita inconscientemente que, no fim, tudo
ficará bem, bastando apenas que cada um faça sua parte.
Também como seus companheiros
perceberam, Boris não tem controle algum sobre seus poderes. É como se eles
surgissem conforme a necessidade. Houve ocasiões em que Boris quase foi
espancado por apenas um único goblin, mas que, ao final do mesmo dia, quando o
grupo encontrou uma hora de mortos vivos, Boris simplesmente espirrou e uma
onda de choque dourada destruiu todos eles. Em outras situações, diabos e
demônios simplesmente não conseguiam se aproximar do grupo apenas por conta da
presença do halfling. E quando extraplanares mais poderosos conseguiam chegar
perto, ao tocar no halfling ou eles eram teletransportados de volta a seu plano
de origem ou sentiam uma dor excruciante. Mas não importa o quão incrível ou
fantástica fosse a demonstração de poder, Boris sempre terminava agradecendo
seus companheiros com admiração, e perguntando como eles haviam feito aquilo.
Em certas ocasiões, o toque de Boris foi também capaz de ressuscitar os mortos,
remover maldições e recuperar membros perdidos.
Independente de quão poderoso
Boris seja quando a situação pede, para o halfling, seu maior valor está em
preparar as refeições do grupo e em ouvir seus amigos quando eles precisam
falar. Ele realmente que os feitos extraordinários que acontecem a sua volta
são obra de Yondalla ou dos Deuses da Luz, que estão, generosamente, atendendo
a suas orações noturnas quando ele pede pela segurança de seus amigos, que são “heróis
incríveis em uma missão valorosa”.
Talvez, o mais interessante nisso
tudo seja o fato de que os aventureiros que acompanham Boris não o fazem para
se aproveitar dos poderes do halfling, e nem simplesmente por achar que alguém
tão valioso precise ser protegido. Eles o fazem porque, sempre que vislumbram o
pequeno halfling, lembram-se de que há luz no mundo, e que vale à pena lutar
com todas as forças por ela.

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