quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Herois de Elgalor: Boris Puddlefoot

Boris Puddlefoot (Favored Soul, nível 08)

Raça: Halfling
Tendência: Neutro e Bom

 Os deuses de Celéstia sempre foram bastante zelosos em seu auxílio às forças da luz no combate contra o mal. Heironeous e Bahamut ensinando e preparando campeões da justiça e Moradin forjando armas e armaduras feitas especialmente para destruir as criaturas vis que ameaçam seu povo. Yondalla, a Mãe dos Halflings também se comprometeu com essa missão, mas de forma diferente.

Uma vez por geração, Yondalla abençoa um halfling. Quanto mais puro é seu coração, com mais força a benção é conferida. Este halfling especial é conhecido pelos elfos como o “Filho da Luz”, uma alma de grande pureza e humildade que, mesmo sem a intenção ou pretensão, leva luz aos locais mais escuros, e inspira as pessoas a serem a melhor versão de si mesmas. Nos tempos atuais, o halfling agraciado com essa benção é o pequeno Boris Puddlefoot, um simples fazendeiro e cuidador de animais. Boris não tem aptidão alguma para o combate, artes arcanas ou mesmo a finesse necessária para se destacar no ofício de ladino. No entanto, os registros da biblioteca de Bahamut contam que jamais houve um Filho da Luz tão poderoso quanto ele.

Como é comum quando se lida com Filhos da Luz, Boris não decidiu se aventurar por conta própria. Por acaso (para os que acreditam nisso) ou destino, ele estava cuidando de um pônei doente em um pequeno vilarejo por onde um grupo de aventureiros estava passando. Eles precisavam de um guia para chegar em um local específico na região, Boris conhecia o caminho e se dispôs a ajuda-los. Deste dia em diante, o destino dele esteve ligado ao dos aventureiros, e eles, pouco a pouco, desenvolveram grande afeto pelo humilde fazendeiro.

Em situações de combate, como alguns brincam, Boris além de nada ajudar, até atrapalhava, porque é um “camponês a se proteger no meio da carnificina”. A situação é ainda mais grave porque em momentos de perigo, Boris tenta se colocar na frente para que seus amigos não sejam feridos (esse fato por si já gerou situações bastante cômicas). No entanto, todos relevam esses problemas com muita satisfação, por gostar da personalidade afável, humilde e sensata do halfling. Em momentos de descanso, Boris sempre prepara as refeições do grupo, e em sua simplicidade, acaba ajudando todos a resolverem seus mais internos conflitos. Uma coisa interessante que seus companheiros percebem é que Boris é incapaz de sentir medo. Sua mente é tão pura que ele acredita inconscientemente que, no fim, tudo ficará bem, bastando apenas que cada um faça sua parte.

Também como seus companheiros perceberam, Boris não tem controle algum sobre seus poderes. É como se eles surgissem conforme a necessidade. Houve ocasiões em que Boris quase foi espancado por apenas um único goblin, mas que, ao final do mesmo dia, quando o grupo encontrou uma hora de mortos vivos, Boris simplesmente espirrou e uma onda de choque dourada destruiu todos eles. Em outras situações, diabos e demônios simplesmente não conseguiam se aproximar do grupo apenas por conta da presença do halfling. E quando extraplanares mais poderosos conseguiam chegar perto, ao tocar no halfling ou eles eram teletransportados de volta a seu plano de origem ou sentiam uma dor excruciante. Mas não importa o quão incrível ou fantástica fosse a demonstração de poder, Boris sempre terminava agradecendo seus companheiros com admiração, e perguntando como eles haviam feito aquilo. Em certas ocasiões, o toque de Boris foi também capaz de ressuscitar os mortos, remover maldições e recuperar membros perdidos.

Independente de quão poderoso Boris seja quando a situação pede, para o halfling, seu maior valor está em preparar as refeições do grupo e em ouvir seus amigos quando eles precisam falar. Ele realmente que os feitos extraordinários que acontecem a sua volta são obra de Yondalla ou dos Deuses da Luz, que estão, generosamente, atendendo a suas orações noturnas quando ele pede pela segurança de seus amigos, que são “heróis incríveis em uma missão valorosa”.

Talvez, o mais interessante nisso tudo seja o fato de que os aventureiros que acompanham Boris não o fazem para se aproveitar dos poderes do halfling, e nem simplesmente por achar que alguém tão valioso precise ser protegido. Eles o fazem porque, sempre que vislumbram o pequeno halfling, lembram-se de que há luz no mundo, e que vale à pena lutar com todas as forças por ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário