terça-feira, 29 de agosto de 2023

Elgalor D20: Defensor Anão

"Anões são naturalmente fortes, mas aqueles ali eram fortes até para o padrão dos anões".

- O Hobbit

Saudações, guerreiros da Luz

O mundo de Elgalor foi concebido como cenário de campanha no início de 2002, quando formei um novo grupo com o qual joguei até meados de 2017. O cenário, desse modo, tem 15 anos de história criada junto dos jogadores mais alguns anos de histórias e elementos que fui criando após o término das campanhas. 

Grande parte das aventuras em Elgalor ocorreu na era de D&D 3/3.5, sendo que apenas o período final, de 2014-2017, usou D&D 5e como sistema base. Em minha opinião, D&D 3.5 faz um trabalho melhor em termos de regras, filosofia e base de jogo, mas com algumas adequações, D&D 5e também serviu para a criação de boas histórias.

Na série de pergaminhos Elgalor D20, trarei alguns elementos interessantes que jogadores veteranos se lembrarão, e outros que D&D 5e deveria ter proporcionado a sua geração de jogadores. E todos esses elementos serão contextualizados dentro do mundo de Elgalor, e sempre em regras tanto para D&D 3.5 quanto D&D 5e. Minha preferência pessoal de sistema neste caso é D&D 3.5, e caso desejem obter os livros, todos podem ser baixados na BIBLIOTECA ÉLFICA, em português.

Sobre D&D 5e, em termos de regras e ambientação, o sistema pecou em trabalhar uma melhor caracterização das raças do jogo. Apesar do começo realmente bom em 2014 (todas as raças foram bem descritas no Livro do Jogador, incluindo até mesmo passagens de obras clássicas escritas por Salvatore e Weis e Rickman), quando a "onda Woke" tomou conta da WotC em 2016, nada mais foi criado nesse sentido e, muito pior, o pouco que havia começou a ser destruído. Como a caracterização forte das raças é um ponto de extrema importância no mundo de Elgalor, muito do que trarei aqui em termos de D&D 5e estará focado nisso. Comecemos, então, com a epítome de uma das mais antigas e orgulhosas raças do mundo: O Defensor Anão.

O DEFENSOR ANÃO EM ELGALOR

O defensor anão, como muitos já conhecem, é a epítome dos valores morais e características físicas dos anões: Extremamente resistente em corpo e mente, o defensor anão é um guerreiro de elite que usa a grande resistência e força natural de sua raça junto a técnicas de defesa primorosamente desenvolvidas através de séculos de estudos nas artes da guerra. Em Elgalor, eles normalmente ocupam posições de comando nos exércitos de Darakar ou compõem a Guarda do Trovão, que é a guarda de honra do Grande Rei, composta pelos melhores e mais experientes guerreiros da raça. O título de Defensor Anão só pode ser conferido pelo Grande Rei (como uma espécie de título de cavalaria), e e carrega consigo grande prestígio e um igualmente grande fardo de responsabilidades e deveres.

D&D 3.5

A versão oficial da classe em D&D 3.5 pode ser conferida nesse PORTAL. Pessoalmente, não vejo necessidade de qualquer alteração aqui, já que a classe foi bem construída em termos mecânicos e temáticos e cumpre com excelência tudo aquilo a que se propõe. 

D&D 5e

D&D 5e é um sistema particularmente complexo para se fazer adaptações porque elas precisam ser eficientes, fiéis a mecânicas de jogo e ainda não "pisar no calo" de nenhuma outra especialização/arquétipo existente. Em D&D 5e, o defensor anão funciona melhor como um novo arquétipo da classe Guerreiro. Contudo, para garantir que a classe consiga representar de forma correta e satisfatória aquilo que representa, o defensor anão como arquétipo marcial, diferente dos outros presentes no Livro do Jogador, precisa ter dois pré-requisitos obrigatórios:

- Raça: Anão

- Tendência: Qualquer Leal.


As habilidades que a classe recebe (respeitando os níveis nos quais as habilidades especiais dos arquétipos do guerreiro são concedidas) são:

Vigor da Montanha (nível 03): O Defensor Anão recebe +2 pontos de vida, e um adicional de +2 PV por nível de guerreiro que adquirir deste ponto em diante. Além disso, sempre que estiver utilizando armadura pesada e escudo, recebe um bônus de +1 em sua CA.

Posição Defensiva (nível 03): Utilizando seu escudo e assumindo uma posição defensiva especial, o defensor anão abre mão de velocidade e mobilidade para se tornar resistente como o aço que seu povo orgulhosamente produz. A Posição Defensiva é ativada e desativada com o uso de uma ação bônus, e dura 1 minuto ou até o defensor anão decidir cancelá-la ou estiver incapacitado. A Posição Defensiva pode ser usada um número de vezes igual ao bônus de proficiência do Defensor Anão. Ele recupera todos os usos após um descanso longo. Essa postura de batalha traz os seguintes efeitos:

O Defensor Anão recebe resistência a dano cortante, perfurante e de esmagamento

- O Defensor Anão recebe Vantagem em testes de Derrubar, Agarrar e Empurrar feitos contra ele.

- O Defensor Anão confere cobertura parcial (+2 na CA) a todos os aliados que estejam adjacentes a ele e a todos os aliados que estejam atrás dele e dentro de um raio de 6 metros.

- Deslocamento restrito à 1,5 metros por rodada

- Desvantagem em todos testes de Destreza.


Corpo de Ferro (Nível 07): Enquanto estiver na Posição Defensiva, o defensor anão recebe Vantagem em todos os testes de resistência de For e Con.


Posição Defensiva Superior (nível 10): Neste nível, a Posição Defensiva se torna mais poderosa, concedendo:

- Sempre que o Defensor Anão estiver na Posição Defensiva e desferir um ataque de oportunidade e atingir o alvo, este alvo tem seu deslocamento reduzido a zero durante uma rodada.


- O Defensor Anão é automaticamente bem sucedido em testes de de Derrubar, Agarrar e Empurrar feitos contra ele.

- Deslocamento restrito à 3 metros por rodada


Vontade Forjada em Aço (nível 15): O Defensor Anão recebe imunidade a magias e efeito de medo e encantamento. Quando estiver em Posição Defensiva, todos os aliados protegidos recebem Vantagem em testes contra efeitos de medo e encantamento.


Posição defensiva Suprema (nível 18): A Posição Defensiva atinge seu ápice de eficiência, concedendo:

- O bônus de cobertura conferido pelo Defensor Anão a seus aliados passa a ser de 3/4 (+5 na CA)

- Resistência a qualquer tipo de dano, exceto psíquico e de força.

- Deslocamento restrito à 6 metros por rodada

9 comentários:

  1. O defensor anão é muito icônico. Eu só me lembro de 2 classes de prestígio de D&D 3, o defensor anão e o trapaceiro arcano.
    O fluffy dessa classe é muito bom, ela por si, já serve de conteúdo para inspiração.

    Também jogamos por muitos anos D&D 3.5, mas tínhamos a house rule de "sem classes de prestígio", portanto o defensor anão jamais estrou nas nossas mesas.

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    1. Realmente, nobre amigo, o defensor anão é bastante icônico, um símbolo da raça. Eu diria até mesmo que ele é o aprimoramento bem caracterizado do "aventureiro anão" das primeiras versões do D&D.

      Em minha antiga mesa também tínhamos a regra "sem classes de prestígio", porque a maioria delas servia apenas para fortalecer personagens e abrir precedentes para "builds e combos", um mal que começou a tomar o D&D de assalto na 3a edição e acabou sendo institucionalizado na 4a e 5a edições (mesmo sem classes de prestígio). As únicas exceções que eu abria era quando a classe de prestígio servia para caracterizar um tipo muito específico de personagem que o jogador desejava realmente fazer. Para minha sorte, meus jogadores também não gostavam de classes de prestígio, e as únicas que tivemos em jogo foram o defensor anão, o arqueiro arcano, o bladesinger élfico e o monge bêbado. Salvo em raríssimas exceções, D&D 3 funciona muito melhor apenas com os livros básicos e sem classes de prestígio.

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    2. Eu particularmente não gosto do sistema de multi-classes, sejam estas de prestígio ou não. Em sua grande maioria tal manobra tem como efeito prático proporcionar combos. Acredito que as classes especiais devam ser acessadas pela sorte (d20) na fase de montagem do personagem ou mérito do jogador ao longo da campanha (conquistas, feitos, comportamentos) que encaminham a tal personagem ou seguidores de ganhar tal "titulo", algo semelhante a questão de ser permitido o uso de raças especiais / melhores.

      Ps: minhas palavras podem conter ironia aos olhos do Sonhonauta, afinal, sou conhecido em nossa mesa por aproveitar de todos os traços raciais e talentos para maximizar as ações de meus personagens, nada mais que uma maldição ocasionada pelo Deus do Saber, cujo estigma me proporcionou a curiosidade/desocupação de estudar a mecânica do jogo (rs).

      Felizmente essa minha prática nunca me trouxe em Board Games a angústia que vivencio em inúmeros jogos de estratégia, que se chama: jogo ficou fácil demais depois de um tempo; vulgo perdeu a graça mesmo no maior modo de dificuldade disponível. Perdi as contas de quantos jogos recomecei ou abandonei por não me sentir desafiado.

      Inclusive esse aspecto é o que me traz mais apreço/amor pelo RPG de mesa, por ser dinâmico e de múltiplas alternativas, além de depender da sorte e outras pessoas, nunca estará engessado a rotina e práticas repetitivas.

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    3. Concordo plenamente com você, sábio amigo. Também sou avesso a multi-classes, classes de prestígio ou qualquer coisa que possa abrir caminho para as famigeradas "builds" de hoje em dia. Em minha mesa antiga praticamente ninguém utilizava multi-classes, e as classes de prestígio, como comentei acima, eram liberadas apenas quando estritamente necessário, e sob certas condições. Isso sempre fez com que o jogo fluísse focado nos aspectos corretos (aventura, interpretação, desafio e vivenciar uma história).

      Também concordo em relação aos board games. Por melhor que sejam, nenhum se compara ao RPG por sua riqueza e por ser algo que você pode jogar com um grupo de amigo por gerações e de formas totalmente diferentes. Um exemplo disso é aquele grupo canadense que joga em um mesmo cenário há mais de 40 anos.

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  2. Senhor do Sofrimento30 de agosto de 2023 às 10:45

    Os insignificantes anões defensores já não são mais capazes de defender nada agora que ficaram obsoletos! Mas eles ainda servem para alguma coisa, afinal, eles são ótimos alvos para praticar tiro ao alvo já que não se mexem muito. Eu devo admitir que suas armaduras ao menos resistem algum tempo a barragem de fogo das ratatralhadoras skavens, mas mesmo assim eles são despedaçados por tiros. Uma vida de treino, disciplina e honra para serem mortos por um rato que aprendeu a usar uma Uma de fogo há umas duas ou três semanas, HAHAHAHAHAHAHA

    https://www.youtube.com/watch?v=t-MCFE6GrXM

    Não podemos nos esquecer que eles também costumam morrer sufocados graças as armas de gás dos ratos. É bem visível que os anões são inúteis hoje em dia sem o apoio dos gnomos, HAHAHAHAHAHA

    https://www.youtube.com/watch?v=NtoSn9kZrAg

    (Nós usamos as regras do defensor anão para representar três arquétipos de defensores nos nossos jogos: Os quebra-ferro anões (que praticamente são os anões defensores normais), a guarda-fênix (os guarda costas pessoais do rei/rainha fênix) e os gnomos guarda-brecha (breachgnome, que é versão gnoma dos defensores).

    Os personagens anões “originais” mais icônicos que pertencem a essa classe na nossa campanha são os gêmeos Hurmadar e Hurmador criados pelo Gustavo e Gabriel (que também são gêmeos). Eles são o “sangue” novo da mesa e criaram os gêmeos porque não sabiam bem as regras e gostaram da ideia dos “gêmeos do trovão”.

    O histórico deles foi bem simples, que foi se aventurarem juntos pra conseguir glória e honrar o avô, que era o capitão dos quebra-ferro de Karak Thrungal (mesmo cidadela/reino do Mormund) e que morreu de velhice (algo raríssimo pra um quebra-ferro). Os feitos da dupla foram incríveis: resgataram uma princesa anã de um clã de gigantes das colinas, derrotaram um dragão verde que estava saqueando uma rota de comércio entre anões e elfos, se infiltraram em Gharr-Naggrund para recuperar um livro-rúnico (grimório) das mãos dos bruxos-sacerdotes dwur-gharr, salvaram uma kazid (pequena vila anã) enquanto os guerreiros estavam fora da cidade ao defender, com ajuda de alguns locais, os portões da comunidade contra uma horda de 1000 orcóides, resgataram uma mina de gnomos das profundezas de escravagistas drows, mataram uma “abominação do poço” criado pelos skavens alquimistas do clã Moulder, e o mais importante, salvaram o Alto-Rei Thorgrim de uma emboscada do Queek Corta-Cabeças e quase conseguiram matar o skaven, forçando o rato fugir pela vida (o anão do Gustavo quase morreu também nisso).

    O legal é que o Thorgrim vive tentando convencer a rainha Helga a mandar os dois pra guarda pessoal dele, pois ele considera os gêmeos como exemplos vivos do que os quebra-ferro devem ser. Pior que ele até mesmo ofereceu duas sobrinhas como noivas pros gêmeos e eles recusaram.

    Um elemento que os dois usam nos anões é que eles deixam os personagens iguais ao ponto de não saber dizer quem é quem. O engraçado é que eles tem alguns objetos, como o escudo e algumas joias que os distinguem quando estão de serviço, mas eles vivem trocando entre si pra causar confusão nos amigos, sendo que só a rainha Helga, a mãe e as irmãs deles é que sabem distinguir os dois, hahahahaha

    Os nossos Quebra-Ferro são bem parecidos com os Anões Defensores de Elgalor, a diferença é que além de guarda dos reis, eles também são os guardiões dos portões das kazads (cidades anãs), karaks (cidadelas/capitais dos anões). Além disso, os Quebra-ferros defendem os caminhos no Subterrâneo entre as comunidades anãs e as minas afastadas junto aos rangers anões. Por esta razão, os Quebra-ferros estão sempre em estado de alerta e prontos para o serviço, já que os ataques podem vir a qualquer hora, pois o sol e as luas não brilham debaixo da terra. E sim, qualquer semelhança com a uma certa “Ordem dos Escudos” não é coincidência, hahahaha)

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    1. Senhor do Sofrimento30 de agosto de 2023 às 10:46

      Outro personagem dessa classe foi um gnomo das rochas guarda-brechas chamado Bartin Quebra-Pedra, que foi um personagem meu que se sacrificou contra um bando de ogros enquanto o grupo colapsa os tuneis pra garantir a fuga de um bando de anões mineiros.

      Aqui o pessoal também não faz muitos personagens multi-classe e nem usa muito classes de prestígio. Só fazem mesmo quando é pra caracterizar bem um personagem ou uma organização, e não pra montar um personagem “super-poderoso”. Uma curiosidade aqui envolvendo a classe “bladesinger” é que ela foi usada pra caracterizar o Suang Liang, um personagem humano vindo de Shaofang (China) que era um duelista/feiticeiro bem do arquétipo de “espadachim taoísta mágico” das histórias de fantasia wuxia. Hoje em dia eu seria acusado de apropriação cultural por isso, hahahaha)

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    2. Como sempre, Cria do Abismo, você subestima o poder o poder e resiliência dos Filhos de Moradin. Um dia, isso será sua ruína!

      (Muito interessante isso que você comentou sobre usar o arquétipo do defensor anão em 3 âmbitos diferentes. Eles realmente combinam com a Guarda-Fênix dos altos elfos, e também com uma ordem de elite de gnomos. É algo que eu nunca havia considerado fazer, mas realmente, faz sentido.

      Gostei bastante da história de Hurmadar e Hurmador, e é sempre bom ver novatos entrando no jogo e fazendo bons personagens. E os feitos de ambos são, de fato, impressionantes. O fato do rei Thorgrim considerar ambos como o exemplo do que um Iron Breaker/Quebra-Ferro deve ser é, por si só, uma imensa honra. Quem sabe um dia eles aceitam as mãos das belas sobrinhas...

      Warhammer Fantasy é uma ambientação riquíssima e extremamente interessante. é natural que seja uma grande fonte de inspiração para todos nós. Eu mesmo também baseei o conceito da Guarda do Trovão na Ordem dos Escudos e nos Iron Breakers.

      Em relação à Suang Liang, sim, meu amigo, hoje você certamente seria apedrejado virtualmente...).

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    3. Senhor do Sofrimento31 de agosto de 2023 às 11:06

      Eu acredito que esteja equivocado, Senhor dos Tolos, já parou para pensar que talvez seja os anões e gnomos que estejam subestimando o poder dos dwur-gharr e dos skavens? Bem, o caolho do Odin subestimou o horrendo poder do Rato Chifrudo, e nós dois sabemos qual foi o preço disso, HAHAAHAHAHAHAHAHA

      (Uma coisa que eu esqueci de falar dos Quebra-Ferro é que apenas os membros dessa guilda/irmandade ganham o direito de usar o título “Quebra-Ferro” nos nomes, ficando assim dai: Hurmador “Quebra Ferro”, filho de Berhud “Barba de Prata”, Sangue de Dhurgrin “Quebra-Ferro”, do clã Mão de Aço de Karak Thrungal.

      Outra coisa importante sobre os Quebra-Ferro é que quando algum anão é aceito entre eles, cuja seleção é bem difícil, ele recebe uma armadura de placas completa e um escudo feitos de gromril (adamante) pra deixar bem visível quem eles são e qual o propósito deles (na nossa mesa, as armaduras de adamante dão metade do bônus de redução delas, arredondado pra baixo, pra somar com outra redução de dano). Não preciso dizer que eles são a “elite da elite” dos anões.

      A lore dos Quebra-Ferro é praticamente a mesma dos Iron-Breakers do Warhammer, mas eles tem muitos elementos da “Ordem do Escudo” do quadrinho dos “Anões, como sendo uma guilda/irmandade que além de jurarem fidelidade a um rei e a uma Karak, também juraram defender a raça anã como um todo acima de tudo. Juramentos esses que são feitos na presença do Rei da Karak, dos outros Quebra-Ferros, diante de um clérigo de Gorm Gulthyn (que é padroeiro deles), e eles juram honrar sua promessa por Grimnir (que é o deus anão dos juramentos, do fogo, do rancor e da vingança, além de ser patrono dos Slayers e irmão do Moradin na nossa mesa), que significa que caso falhem em seu juramento, eles são obrigados a virar slayers para recuperar sua honra com uma morte heróica.

      Quanto usar as regras de uma classe para outros arquétipos é bem simples. A gente aqui aprendeu há muito tempo que pode se flexibilizar as regras desde que não quebre os “arquétipos” de fantasia ou que a finalidade seja uma coisa que fique “combada”. Uma delas foi justamente o Suang Liang, que quando eu estava jogando com ele, era apenas pra ser das classes duelista e feiticeiro, mas o Thiago deu a ideia de usar o “Trovador da Espada” como um análogo pra um “espadachim taoísta de seita mágica chinesa” porque ele viu um episódio de uma série que me inspirou a fazer o personagem, e ele disse: “Isso aí literalmente é um “trovador da espada”, um guerreiro ágil que usa magia”.

      Algo interessante de também dizer referente a isso, é que o duelista já foi retrabalhando na nossa mesa há alguns anos pra ser uma classe boa (a do completo guerreiro é um lixo que nem evasão tem, e olha que é pra ser um combatente sem armadura). Normalmente se tem a ideia dele ser um pirata ou um mosqueteiro, mas ele também pode ser usado para os espadachins asiáticos. Bem no estilo do trailer do filme “Eye for an Eye - The Blind Swordsman”)

      https://www.youtube.com/watch?v=ImDx39hjBj0

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    4. O triste fim de Valhalla não se repetirá aqui, monstro! Lições foram aprendidas, e as forças da Luz agora agem de forma mais organizada do que nunca. Elgalor e os povos livres não cairão perante suas profanações e deturpações!

      (Agora ficou mais claro a questão da Ordem do Escudo das HQs Anões - excelente série, por sinal. Gostei muito do primeiro volume. Gosto muito também do lore dos Ironbreakers de Warhammer e de como eles representam os valores dos anões. Lembro-me que no Fim dos Dias, um batalhão deles foi apenas derrotado na última batalha por conta das bombas de gás venenoso e incendiário dos Skaven. Mas ainda assim, todos morreram de pé, e em formação. A fama de "inquebráveis" deles foi mais do que merecida, mesmo que considerássemos apenas esse triste momento isoladamente. A forma como vocês trabalharam tanto o título quando os equipamentos realmente dão a ideia de "elite da elite", simbolizando muito bem a citação de O Hobbit que coloquei no início do pergaminho. Quando voltar a escrever, um de meus objetivos é trabalhar de forma bem detalhada esse tipo de aspecto e caracterização na ambientação. Achei interessante também o fato de terem feito Grimnir o irmão de Moradin. Isso dá um excelente gancho para se trabalhar a ordem e juramento dos Slayers com grande solenidade.

      E concordo, adaptar regras/arquétipos específicos em outros locais que fazem sentido é simples, mas confesso que nunca havia me ocorrido utilizar o Defensor Anão em outros contextos. O exemplo que você deu do bladesinger também foi muito bom. Em grupos iniciantes, eu prefiro não trabalhar dessa forma para que os novos jogadores possam "aprender e vivenciar o básico", mas à medida que essas fundações estão bem estabelecidas, sou totalmente a favor dessas variações que fazem sentido. Apenas por questão de curiosidade, aqui também adaptamos, muito, o arquétipo do duelista, pois as soluções oficiais para isso nunca nos contentaram).

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