sábado, 14 de outubro de 2023

Contos de Elgalor: O Diário de Artanis

Saudações, guerreiros da Luz.

O arqui-feiticeiro Artanis é um dos poucos personagens épicos do mundo de Elgalor, e talvez o mais poderoso conjurador arcano mortal do mundo.

Contudo, Artanis começou como um mero feiticeiro iniciante (personagem de    nível), discriminado em sua sociedade e odiado (justificadamente) por muitos de seus companheiros. Por meio de uma mistura de feitos nobres, questionáveis e hediondos, Artanis adquiriu grande poder, que usaria para tentar atingir seu maior objetivo: Libertar os mortais do "julgo opressor" dos deuses.

Para tanto, Artanis reuniu uma poderosa Cabala conhecida como a Irmandade da Lua Negra, que visa erradicar a influência dos deuses no mundo dos mortais. 

No início de sua jornada, Artanis tinha o hábito de manter um diário, como forma de organizar seus pensamentos e garantir que sua sanidade não se perdesse. Como o passar dos anos, abandonou o hábito por razões desconhecidas, e destruiu as "evidências" de seu passado por receio de que um de seus muitos inimigos pudesse utilizar contra ele. Quando soube que alguém estava estudando anotações antigas que de alguma forma não foram destruídas, Artanis imediatamente enviou agentes para destruir os registros e punir seus supostos inimigos. A história que lerão abaixo foi compilada pelo bardo Arnelis Harpa de Prata, e corresponde ao início do antigo diário que o próprio Artanis mantinha (a história não foi escrita por mim, mas pelo jogador que criou Artanis).


"... Meu nome é Artanis. Antes de tudo terminar, este nome nunca será esquecido. Mas, no início, eu não era ninguém. Na verdade, eu era menos que ninguém, menosprezado, incompreendido, e abandonado. Por isso é importante que eu compartilhe minha história, meu legado, minha lenda, para que todos saibam que “um ninguém” conseguiu abater os poderes do céu e devolver aos homens o que pertence a eles por direito de herança: o Poder.

Há muito tempo atrás, em uma pequena vila, agora esquecida, um simples camponês e sua esposa tiveram seu primeiro filho. Nada de incomum nisto. Eles regozijaram ao verem sua família crescer, principalmente pelo novo membro ser um menino, capaz de ajudar no trabalho de campo. Nada de incomum nisto.

Esta história aconteceu tanto tempo atrás que ninguém se lembra do verdadeiro nome do nosso pequeno Artanis, nem de sua vila, nem de nenhum dos moradores. É claro que, além do tempo, o próprio Artanis se encarregou de eliminar aqueles que porventura descobriram se lembrassem ou descobrissem disto. Nomes são muito perigosos nas mãos de estranhos.

A vida seguiu seu curso normal, acordar, comer, trabalhar, dormir. O menino crescia bem, talvez menos do que esperado, mas ainda seria útil no trabalho de guiar o arado, ordenhar as vacas, caçar alguns animais silvestres. Nada de incomum nisto. E, como planejado, ao redor dos 10 anos o menino começou a ajudar seu pai. Até os 15 anos sua vida era feita apenas de trabalho rural, daquelas rotinas que soterram os sonhas das pessoas pouco a pouco, sem que elas percebam. Rotinas que entorpecem a mente, dominam o espírito e cansam o corpo. Rotinas que nunca acabam, mas que só tendem a crescer, como um câncer que suga as forças silenciosamente. Nada de incomum nisto.

Mas, apesar de toda esta existência comum, coisas incomuns aconteciam com freqüência cada vez maior perto da casa desta simples família. A princípio eram acontecimentos pequenos: pequenos objetos deixados fora do lugar, barulhos estranhos à noite, alguns brilhos repentinos inexplicáveis. Mas com o passar do tempo, coisas mais incomuns ocorriam, eventos tão incomuns que chegavam a assustar não só a família, mas toda a comunidade.

Assim, quando o jovem rapaz atingiu 15 anos, a vila inteira estava convencida que havia algo sobrenatural sobre a nossa pequena família que antes havia sido tão comum. Quando os pais de Artanis trouxeram um gato para a casa (naquele tempo era crença popular que os gatos afastavam maus espíritos, por existirem tanto no mundo real como no mundo dos espíritos), naquela noite ele misteriosamente sofreu uma combustão espontânea e morreu incinerado. E o mais curioso é que coisas assim ocorriam justamente quando o jovem Artanis estava por perto. Logo, não demorou até que ele fosse acusado destas coisas horríveis.

Assim, estas e outras fofocas, algumas verdadeiras (a minoria), algumas exageradas e outras muito subestimadas, levaram o povo daquela pequena vila (inclusive e, principalmente, o clérigo local) a entregarem um ultimato aos pais de Artanis: ou expulsavam seu filho da vila, ou a família inteira teria de partir.

Não é difícil imaginar o que os pais de Artanis fizeram, visto que eles estavam tão assustados quanto as outras pessoas. Logo, com apenas uma pequena trouxa de pano com alguns itens pessoais, um cajado de caminhar, uma pequena refeição, muitas lágrimas nos olhos e muito mais ódio no coração, Artanis iniciou seu longo exílio da vila que havia servido como sua casa por tantos anos. Abandonado, traído, sozinho.

É claro que todos, ou quase todos, os acontecimentos estranhos foram realmente causados pelo jovem exilado. Mas, foram realmente involuntários, frutos de um incipiente poder mágico, dom que apenas alguns recebem. Apenas os dignos de controlarem tão vasto poder.

A vida no ermo castigou o corpo de Artanis, aquele receptáculo que contém nossa verdadeira essência. Mas serviu para fortalecer seu espírito. Agora, ele só pensava em vingança e sua mente estava cheia de ódio. No entanto, uma mente adolescente cheia de ódio e habilidades mágicas não controladas são uma combinação tão explosiva quanto fogo e pólvora. E provavelmente foi isto que salvou a vida deste rebelde sem causa.

Ao vagar pelo ermo, as explosões ocasionais de pura energia mágica chamaram a atenção de um feiticeiro velho e experiente que vivia em sua torre, isolado por escolha do mundo. O feiticeiro chamado Ragnor observou Artanis de sua torre através de suas habilidades mágicas. Ele logo percebeu o talento do jovem para as artes mágicas e decidiu toma-lo como aprendiz. Não demorou até que o jovem carente de atenção fosse convencido por Ragnor a se tornar seu aprendiz. Assim, Artanis desapareceu por quatro anos, somente saindo da torre após terminar seu aprendizado..."

3 comentários:

  1. Artanis foi um grande aliado nas batalhas antigas contra o caolho, uma pena que ele não testemunhou o fim dos Salões do Valhalla pelas patas e presas dos filhos do Rato Chifrudo. O feiticeiro também viu a “verdade” e sabe que precisa aniquilar os patéticos deuses e abrir caminho para os “verdadeiros” deuses que foram injustiçados no inicio do tempo. Mas Artanis não precisa se preocupar, pois eu irei libertar Elgalor do julgo opressor do Paraiso e do Inferno, para que os mortais possam “ser e fazer” o que quiserem sem consequências. Enquanto isso eu irei me banquetear em toda angustia e sofrimento dos mortais “inferiores” que se negam em ver a verdade e que precisam ser torturados e aniquilados em sacrifício ao “amor e diversidade”, AHAHAHAHAHAHAHA

    Falando em “amor e diversidade”, meus Bruxos da Costa criaram novos personagens icônicos “modernos” para serem os “maiores aventureiros que Faerun já viu”.

    https://images4.penguinrandomhouse.com/cover/700jpg/9780593599549

    Esse grupo “diverso, moderno e completamente progressista” é liderado por Tessalynde, que é uma elfa ladina com obesidade mórbida. Também tem Baldric, o clérigo anão que se recusa a se vincular a uma única divindade, mas que recebe seus poderes ao “trocar favores” com todos eles igual a um Warlock. Também tem o bardo tiefling com o nome de Lark, que praticamente é um Michael Jackson vestido de pai de santo. Além desses também tem o “pet” do grupo, Uggie, que é um filhote de otyugh que adora dar “abraços e comer lixo”. Os outros personagens são mais “normais” e nem valem a pena serem mencionados. HAHAHAHAHA

    https://www.penguinrandomhouse.com/books/721108/dungeons-and-dragons-the-fallbacks-bound-for-ruin-by-jaleigh-johnson/

    Até mesmo meu servo Garibay parabenizou que finalmente uma mulher escreveu um livro de história de D&D e que as histórias de Dragonlance (que foram escritas por uma mulher) são “velhas e desnecessárias”. Podemos incluir Salvatore e Greenwwod nessa lista, afinal, o criador de Forgotten Realms não foi nem creditado no filme que se passa no cenário que ele criou, HAHAHAHAHAHAHA

    https://www.youtube.com/watch?v=BI1rLC7Skj0

    Ninguém pode criticar a situação atual da indústria e fantasia. Caso ousem criticar, meus servos irão boicotar e sabotar todos os esforços, da mesma forma que fizeram com Eric July. Tudo porque ele criticou a indústria atual de quadrinhos e fez um mega sucesso ao vender uma revista em quadrinhos que fez mais sucesso que as histórias feitas pela DC e Marvel atuais. Meus servos até mesmo foram no cemitério onde o trisavô (ou bisavô) de July está enterrado para colocar “objetos” na lápide e pisar em cima dela além de tirar fotos para caçoar o autor. Isso tudo foi feito em nome do “amor”, HAHAHAHAHAHA

    https://www.youtube.com/watch?v=vTjHDsQrIG8

    (O Artanis era bem legal, pena que ele não entra mais, ele iria interpretar o feiticeiro em êxtase ao ver Odin ter sido derrotado, hahahaha

    Achei mais duas outras denuncias para o outro blog. Chega a ser uma piada uma elfa ladina com obesidade mórbida. Uma raça que não engorda e uma classe que exige ser atlética e acrobática. Sem falar o clérigo que parece um xamã ou warlock que “negocia” com deuses em troca de poder. É praticamente o que fizeram no novo “Exxorclst@” onde religião é relativa e se pode pegar as coisas que gosta de cada credo pra completar um álbum de figurinha. Esse livro de D&D aí é a cara de tudo que está errado com a fantasia atual.

    Essa do July foi horrível, e os lacradores chegaram em um novo nível, porque não basta eles apagarem comentários e posts que são contra a agendinha nojenta, pois agora essas pragas estão indo em cemitérios pra fazer chacota com pessoas falecidas para atingir os parentes vivos. Aproveitando o gancho, apagaram um comentário meu no post anterior, mas repostei graças a eu salvar meus comentários no word. Também apagaram um comentário no post “Aliados, antagonistas e o que faz uma aventura”, mas acho que foi do Sonhonauta ou seu. Começa a salvar o comentários no word também, ai é só mudar um pouco e repostar.)

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    1. (Estava quase me esquecendo. Compara a capa do novo conto de D&D com as capas das histórias clássicas antigas e me diz qual realmente se parece uma história de fantasia épica.)

      https://www.cinelinx.com/wp-content/uploads/2021/01/dragonlance-dnd-trilogy-covers.jpg

      https://m.media-amazon.com/images/I/81on8DjmRsL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg

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    2. Tolo demônio, agora vejo que os rumores estavam corretos. A loucura de Artanis foi mesmo causada por entidades abissais. Da mesma forma que ele falhou em destruir os deuses, você falhará em corromper as almas dos mortais com sua falácia de "amor e liberdade". Restrições fazem parte da vida de qualquer ser. Frustração é algo que todos precisam experimentar para poder crescer e melhorar. Suas vãs promessas de que alguém pode "ser e ter o que quiser", e ainda se livrar de precisar assumir consequências são patéticas. Admira-me ver o número grande de tolos que aceitam suas palavras, mas estes hão de se arrepender amargamente, pois o que diz vai completamente de encontro à ORDEM NATURAL do universo, e esta jamais será dobrada por sua perversão.

      Perturbador saber sobre a "história" que sua nova cultista criou, mas você sabe que ela está completamente fadada ao fracasso e será repudiada por todo jogador de D&D que não esteja no bolso dos Bruxos da Costa. Não importa o que seu cultista "ancião da igreja" diga.

      (Eu não sabia sobre esse novo "livro" de D&D, e realmente, é tão ridículo que dispensa comentários. Minha única dúvida aqui é qual personagem é mais execrável. Uma verdadeira ofensa à história de D&D, especialmente quando comparamos com os clássicos de Salvatore, Wickman e Weis e Greenwood. Mas esse é o objetivo da WotC; afundar o jogo na última camada do Abismo, de modo a torná-lo irreconhecível. Agradeço por ter me mostrado isso, pois será aproveitado para um pergaminho no outro blog.

      Já a questão de Eric July é algo muito, muito sério, e mostra com clareza o tipo de "gente" que apoia essa agenda. Ao mesmo tempo em que lamento imensamente quando algo assim acontece, preciso admitir que por um lado, tem seu aspecto positivo porque deixa bastante claro os "valores" progressistas e o porquê da importância em combatê-los. De forma correta e incessante.

      Sobre Artanis, ele foi um personagem que realmente marcou história em nossa mesa. Depois que ele foi enganado por Vecna, ele aprendeu que não era sensato fazer alianças com deuses malignos para primeiro destruir os bons, mas creio que ele de fato faria uma aliança temporária com Gronark, nem que fosse apenas para depois destruí-lo. Na visão do feiticeiro, os deuses bons precisavam ser destruídos antes porque eram os que mais "enganavam" os mortais. Os deuses maus todos sabiam que eram ruins, mas os bons sempre angariavam mais seguidores, e por isso, deveriam ser detidos antes. à sua forma, ele acabou se tornando sem querer o "Mordenkainen" do cenário. E sim, ele se divertiria muito tanto com a queda de Odin quanto com as provocações em relação a Bahamut...)

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